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segunda-feira, 2 de maio de 2011
Scream 4
Eu admito, sempre fui um fã da saga Scream, sendo o 2º, o meu preferido. Quando eu soube que Wes Craven iria lançar mais um filme, fiquei feliz, porém pensei que tinha tudo para ser o pior. Engano meu... Apesar de não ser tão bom quanto os dois primeiros, que já são clássicos do cinema de terror, não desilude em comparação ao resto da (ex)trilogia.
As personagens deste recente filme não são tão interessantes como no primeiro filme, porém merecem destaque a amiga de Jill, Kirby (Hayden Panettierre), e o cinéfilo fã de "Stab" (filmes baseados nos assassinatos ocorridos na vida de Sidney), Charlie Walker (Rory Culkin). Dewey e Gale continuam as mesmas pessoas que eram (Dewey ainda tem aquele bigode), porém casadas.
Wes Craven voltou a criar com “Scream 4” um filme cativante que promete entreter o público com a clássica essência satírica que transformou “Scream” num sucesso comercial.
Nota final: 3,5/5
Filme obrigatório: Elephant
Van Sant consolidou, com esta obra-prima aplaudida e premiada por Cannes com a cobiçada Palma de Ouro e o prémio de melhor realizador, o seu estilo de filmagem único e memorável.
O realizador dá um significado diferente ao termo “narrativa” e, ainda assim, consegue, ao debruçar-se sobre temas tão banais como a sexualidade, o bullying, o preconceito, as minorias sociais e as desordens alimentares na juventude, construir um universo onde o absurdo é engrandecido para que, ao vermos as coisas num plano externo e superficial, nos apercebamos da incoerência própria da nossa sociedade. E, apesar deste inegável realismo de que é característica a fita, podemos encontrar indícios simbólicos e trágicos ao longo da “história” que nos é contada — nos planos do céu em fast forward, no uso dos sons da natureza como eufemismo directo da realidade, ou das próprias Für Elise e “Moonlight” Sonata de Beethoven. O som e a fotografia, são, portanto, dois factores cinematográficos enaltecidos para a modelação do universo “elephantiano”.
“Elephant” é uma sublime e inesquecível obra-prima dos tempos modernos, e que é, mais do que uma chamada de atenção para o estado preocupante da nossa educação, um refulgente e melancólico ensaio sobre a vida e a morte, sobre a violência e sobre a puberdade, espelhada tão magnificamente numa escola de qualquer género, de que a sociedade contemporânea insiste em não sair.
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