segunda-feira, 2 de maio de 2011

Trailers

One Day


Bridesmaids


Warrior


Trust


Super 8


Bad Teacher


Something Borrowed


We are what we are

Scream 4

Eu admito, sempre fui um fã da saga Scream, sendo o 2º, o meu preferido. Quando eu soube que Wes Craven iria lançar mais um filme, fiquei feliz, porém pensei que tinha tudo para ser o pior. Engano meu... Apesar de não ser tão bom quanto os dois primeiros, que já são clássicos do cinema de terror, não desilude em comparação ao resto da (ex)trilogia.

Sinopse: Sidney Prescott (Neve Campbell), agora autora de um livro de auto ajuda, regressa à cidade de Woodsboro, a sua terra natal, para uma última paragem na tourneé de promoção ao seu livro. Em Woodsboro, ela reencontra o Xerife Dewey (David Arquette) e Gale (Courteney Cox), que estão agora casados, bem como a sua prima Jill (Emma Roberts) e a sua tia Kate (Mary McDonnell). Infelizmente o regresso de Sidney traz também de volta o assassino que usa uma máscara de fantasma, pondo todos os habitantes de Woodsboro em perigo.

As personagens deste recente filme não são tão interessantes como no primeiro filme, porém merecem destaque a amiga de Jill, Kirby (Hayden Panettierre), e o cinéfilo fã de "Stab" (filmes baseados nos assassinatos ocorridos na vida de Sidney), Charlie Walker (Rory Culkin). Dewey e Gale continuam as mesmas pessoas que eram (Dewey ainda tem aquele bigode), porém casadas.
 
O novo “Scream” coloca frente-a-frente a Geração do Século XX e a Geração do Século XXI de Woodsboro, um confronto titânico que é criado por um novo assassino que utiliza as tácticas dos seus antecessores para recriar o infame “Massacre de Woodsboro” que transformou Sidney Prescott numa celebridade. O novo assassino continua a ser obcecado por Sidney e por filmes de terror mas desta vez também é obcecado pela fama, uma obsessão que o impulsiona a filmar todos os seus homicídios e que Wes Craven utiliza para satirizar o crescimento das redes sociais e das celebridades instantâneas. O cineasta volta também a satirizar os filmes de terror através de várias cenas cómicas que nos mostram a falta de criatividade dos estúdios norte-americanos ou dos seus filmes de terror e é entre essas cenas satíricas que encontramos a sua fantástica cena introdutória que é, sem dúvida, a cena mais divertida deste filme. A história de “Scream 4” é rica em clichés e é extremamente semelhante à dos outros “Scream” e resume-se essencialmente a uma série de cruéis assassinatos que são intercalados por uma série de pequenas pistas sobre a motivação criminosa do assassino e por uma pequena análise à estabilidade emocional e familiar de Sidney e à solidez do casamento/relação de Dewey e Gale. Os  elementos verdadeiramente interessantes deste filme são portanto a sua vertente satírica e a série de homicídios que antecedem a revelação da identidade do assassino (os), uma revelação/conclusão que é praticamente perfeita mas que acaba por não ser assim tão surpreendente se tivermos em conta o historial de Sidney.

Wes Craven voltou a criar com “Scream 4” um filme cativante que promete entreter o público com a clássica essência satírica que transformou “Scream” num sucesso comercial.

Nota final: 3,5/5

Grande cenas de grandes filmes: Moulin Rouge

Filme obrigatório: Elephant

Van Sant consolidou, com esta obra-prima aplaudida e premiada por Cannes com a cobiçada Palma de Ouro e o prémio de melhor realizador, o seu estilo de filmagem único e memorável.

O realizador dá um significado diferente ao termo “narrativa” e, ainda assim, consegue, ao debruçar-se sobre temas tão banais como a sexualidade, o bullying, o preconceito, as minorias sociais e as desordens alimentares na juventude, construir um universo onde o absurdo é engrandecido para que, ao vermos as coisas num plano externo e superficial, nos apercebamos da incoerência própria da nossa sociedade. E, apesar deste inegável realismo de que é característica a fita, podemos encontrar indícios simbólicos e trágicos ao longo da “história” que nos é contada — nos planos do céu em fast forward, no uso dos sons da natureza como eufemismo directo da realidade, ou das próprias Für Elise e “Moonlight” Sonata de Beethoven. O som e a fotografia, são, portanto, dois factores cinematográficos enaltecidos para a modelação do universo “elephantiano”. 

“Elephant” é uma sublime e inesquecível obra-prima dos tempos modernos, e que é, mais do que uma chamada de atenção para o estado preocupante da nossa educação, um refulgente e melancólico ensaio sobre a vida e a morte, sobre a violência e sobre a puberdade, espelhada tão magnificamente numa escola de qualquer género, de que a sociedade contemporânea insiste em não sair.