terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Rever: " Safe "

Em conversa com a minha professora de Filosofia, falámos desta obra que passou despercebida dentro do mundo do cinema, e que nunca tinha tido oportunidade de ver: "Safe"
Mal tive oportunidade de pôr as minhas mãos neste filme, decidi dar-lhe uma oportunidade, devido ao elogios que a minha professora lhe teceu, e não me arrependi.
O filme fala de uma mulher como qualquer outra, interpretada por Julianne Moore, que divide-se entre a vida social com as amigas e cuidar dos afazeres da casa, que envolve ordens à empregada, cuidar do enteado e participar de reformas em casa. No entanto, esta jovem mulher vê a sua vida a sofrer uma grande reviravolta, quando começa, inexplicavelmente, a sentir-se mal, sofrendo súbitas faltas de ar, paranóias e síndrome do pânico, sintomas de doenças tão comuns na actualidade. A partir daí inicia a sua busca pela cura (da doença não diagnosticada por médicos), em tratamentos alternativos, dietas, mudanças de hábitos, até chegar a mais completa neurose, a qual não consegue se dar conta, de tão envolvida pela própria paranóia criada.
Escrito e realizado por Todd Haynes, esta pérola do cinema, consegue passar a sensação de desconforto vivida pela pobre mulher.
Haynes tece uma crítica à sociedade em que vivemos, ao culto do medo e ao sensacionalismo feito pelos media.
O filme não teve a merecida divulgação no país, o que é pena, pois todos deveriam assistir o filme, por tratar de um tema tão em voga na actualidade, que acontece com tanta gente, em muitas etapas da vida. É uma pequena terapia, em duas horas, que ensina que ninguém pode fazer mais mal a nós que nós mesmos.
Eu fui cliché, mas o filme não é.

Um comentário:

  1. Maria de Fátima Pereira24 de fevereiro de 2010 às 11:54

    Olá Mário, eu bem te dizia que ias gostar muito deste filme. De facto o mesmo passou despercebido em Portugal, mas é muito "amado" pelos cinéfilos e por todos aqueles que gostam muito deste realizador e da J.Moore, uma atriz em franca ascensão, sendo este um dos seus primeiros papéis. O filme retrata a paranóia das alergias, o mundo que vivemos e como de facto, talvez não estejamos muito longe da vida que acaba por levar a protagonista, esta espantosa J.Moore!O fim dela é uma alegoria a um mundo que não aceita a diferença a que a protagonista está sujeita e em que ela própria tem que viver apenas e só com ela, uma vez que até os próprios seres humanos lhe criam a mais alta alergia!Um filme a ver e rever, numa era de....gripes, desinfecções constantes e outras tantas paranóias!

    ResponderExcluir